O verdadeiro desafio das empresas de varejo nos próximos cinco anos
Muito se fala em como as empresas de varejo irão passar os próximos anos, quais serão seus desafios. Alguns especialistas falam sobre como comportar-se diante dos Millenials – a nova geração de consumidores, outros falam do Marketing Digital, outros mais sobre Multicanalidade, enfim, grandes temas com tratativas singulares e específicas.
Insisto em dizer que primeiro, as empresas de varejo devem preocupar-se em fazer o básico bem feito. Minha mãe sempre diz que “primeiro é preciso aprender a andar, para depois correr”.
Todos estes temas são muito importantes e como uma pessoa de gestão e inovação, sou o primeiro a falar que devem ser consideradas. Mas, o verdadeiro desafio é fazer o básico bem feito. Sabe operar e gerir seu negócio. Deixar de lado o Complexo de Gabriela (eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim) e a vaidade, e olhar para dentro do seu negócio, pronto a estruturar uma gestão de rotinas que busca maior governança, melhor desempenho e maior lucratividade. Tudo isso, baseado em como a empresa executa suas rotinas e processos.
Grandes, médias e pequenas empresas, todas sofrem deste complexo. Todas ainda têm ineficiências em suas operações que acarretam em reduções de décimos de percentual em sua lucratividade. A questão que poucas enxergam é, como também diz minha mãe: “de grão em grão a galinha enche o papo”.
Reflita comigo. Uma ineficiência no atendimento a clientes pela falta de rotina estabelecida para este processo. Outra ineficiência na gestão dos estoques, pela inexistência da rotina padrão. Mais uma ineficiência, agora no abastecimento de produtos, também causado pela rotina inexistente. A soma de todas estas ineficiências – e outras mais – reduzem seu resultado silenciosamente e constantemente. É como se aos poucos você fosse rasgando dinheiro. Sim! Rasgando dinheiro! Agora chamei sua atenção, não é?
As empresas de varejo “rasgam dinheiro” todos os dias. Como toda organização, sua empresa é um mecanismo, uma engrenagem, que precisa funcionar de maneira sincronizada, no tempo certo, para ter o melhor desempenho e informar a hora certa.
Sua empresa é uma orquestra. Imagine, uma bela sinfonia de Mozart, sendo executada por uma orquestra de 100 integrantes, onde por exemplo, os violinistas estivessem tocando um compasso abaixo ou um compasso acima, ou ainda, com os instrumentos um tom abaixou ou um tom acima. Não seria mais uma bela sinfonia de Mozart. Você já reparou que, mesmo todos sabendo a música “de cabeça”, todos, sem exceção, têm a partitura à sua frente?
E que ensaiam incansavelmente, dia e noite, buscando a nota perfeita, o compasso perfeito? E que para tocar uma sinfonia de Mozart – salvo os gênios – eles começam sua vida musical tocando músicas como “Parabéns pra Você” ou “Jingle Bells”?
Você quer que sua empresa cresça, tenha as melhores tecnologias, as melhores pessoas, esteja preparada para os desafios que falei no início deste texto?
Então você deve fazer o básico bem feito.
Olhe para dentro da sua empresa. Busque auxílio com especialistas. Deixe que outros olhos olhem para dentro da sua empesa. Leia mais. Assista mais. Deixe a vaidade de lado e melhore suas rotinas. Saiba o que sua empresa faz, identifique onde sua empresa quer chegar, e construa uma estrutura de gestão e rotinas que faça tudo isso ser realidade. Tenha às partituras à mão – que neste caso são seus manuais de rotinas, capacite seus músicos constantemente, coloque à disposição as melhores tecnologias e ferramentas, tenha mentores, maestros, gestores que conduzam essa equipe e façam governança das operações. E por fim, olhe os indicadores: a quantidade de ingressos vendidos, as críticas musicais, os comentários dos músicos e dos apreciadores.
Faça o BÁSICO bem feito. Este é o maior desafio das empresas de varejo nos próximos cinco anos. Aquelas que investirem nesta mudança, terão os melhores rendimentos no futuro.
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