Você gerencia bem seus riscos?

Para engenheiro da NASA, você precisa ser criativo ao medir os riscos da inovação, especialmente, na execução das tarefas
Quem quer inovar e não falhar? Certamente, 100% da audiência da IW Brasil responderia que sim, sobretudo CIOs que sempre têm entre suas metas o fazer mais com menos. Mas isso é praticamente impossível. Não se cria o novo sem correr riscos que, por consequência, implica na possibilidade de falhar, o que é totalmente comum. Então, o que fazer diante dessa questão? Para o engenheiro-chefe do laboratório de propulsão da agência espacial do Estados Unidos (NASA), Brian Muirhead, uma das saídas é usar bem a criatividade.

Muirhead abordou o assunto durante apresentação no Black Hat 2013, em Las Vegas. Evento organizado pela UBM e que ganhará uma versão brasileira com o nome IT Forum Expo/Black Hat, a ser organizado em São Paulo, em parceria com a IT Mídia. Na ocasião, ele questionou: “O que faz um empreendedor ter sucesso? Tem sucesso na criação de algo? São pessoas que buscam soluções para problemas? Eu quero falar de pessoas que tornam inovações possíveis.”

O engenheiro contou que é comum ouvir de profissionais e empresários o desejo de inovar, que eles dizem aceitar correr riscos, mas não que querem falhar. E isso não é um fato apenas nos Estados Unidos. Em geral, as companhias não são tolerantes aos erros e isso emperra qualquer processo de inovação. “Trata-se de algo muito complicado e normalmente me buscam com esta ‘missão’. Mas a resposta para isso é ser criativo, sobretudo, em como fazer as coisas”, aconselhou.

E como exemplo, Muirhead usou a própria NASA e todo seu histórico de missões ao planeta Marte. Primeiro ele comparou os custos das missões básicas, que foram decrescentes entre 1964 e 2011, e lembrou que o cliente pede simplicidade dentro de um esquema de baixo custo. Depois, o engenheiro fez um contraponto com o número de falhas. Até 1996, a agência espacial havia lançado 22 missões a Marte, tendo sucesso apenas em oito. De 1996 até 2012, ou seja, em 16 anos, ou metade do período anterior, foram outras 24, tendo sucesso em 15.

Isso é resultado de processo, criatividade e liberdade. “Tem que se trabalhar em time, usando talento, confiança. As pessoas precisam acreditar que são parte do projeto. Pense em você trabalhando com quem confia, as coisas vão acontecer mais naturalmente, sem problemas, sem ruídos de comunicação, isso é muito importante”, pontuou. Para encerrar: “Podemos falar dos riscos todo o tempo. Mas a melhor forma de lidar com eles, é gerenciá-los. É importante reconhecer os desafios para melhor gerenciar os riscos. Se você olhar pelo ponto de vista de risco, nós realmente conseguimos gerenciá-lo de forma positiva. Temos que ser muito criativos em lidar com os riscos, para suplantá-los.”

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