Varejo de shopping investe R$ 3 bilhões por ano em segurança

SÃO PAULO – Para atender a demanda de um público de 430 milhões de pessoas por mês, os shopping centers brasileiros investem cerca de R$ 3 bilhões em segurança, segundo a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping). Apesar de o valor ser alto, ultimamente, tem sido frequente a ação de criminosos nos centros de compras.

O assunto foi debatido durante o II Fórum Alshop – Segurança e Prevenção de Perdas no Varejo, realizado nesta semana em São Paulo. Um dos participantes do encontro foi a Gocil Segurança e Serviços, que levantou uma série de ações, com o objetivo de melhorar a segurança dentro dos empreendimentos.
A empresa analisou mais de uma dezena de estabelecimentos e os riscos apontados foram encontrados em pelo menos 80% dos locais. De acordo com o diretor de Operações da Gocil, Cezar Valverde, o principal quesito a ser melhorado é a integração entre shoppings, lojistas e empresas de segurança. Pelos dados do estudo, os furtos e roubos respondem por quase 70% das ocorrências registradas.
Entrada e saída
O levantamento também indicou que um dos facilitadores de crimes dentro de shoppings é a quantidade de entrada e saída dos empreendimentos. Nos shoppings, as rotas incluem até mesmo saídas de emergência, muitas vezes utilizadas como porta para entrar e sair, quando deveriam ser usadas somente em ocorrências especiais, além de serem constantemente monitoradas com alarmes e câmeras.
Gocil aconselhou que a vigilância nos empreendimentos deve ser reforçada, principalmente nas áreas externas. Os estabelecimentos que preferem trabalhar com contingente próprio podem complementar a vigilância nos arredores com segurança terceirizada, mantendo seus profissionais no interior.
Lojas assaltadas
Em relação às lojas que mais sofrem as ações dos criminosos, como joalherias, casas de câmbio, agências bancárias, entre outros estabelecimentos que movimentem grande quantia de dinheiro ou lidem com produtos de alta liquidez, a indicação da Gocil é que haja um monitoramento ativo de câmeras e vigilantes.
“Aqui, a integração entre todas as partes se faz prioritária. O shopping e a empresa de segurança precisam saber dos riscos e momentos de maior volume de dinheiro para adotar procedimentos preventivos. Não é recomendável contratar um segurança próprio e pensar que o problema está resolvido”, explicou Valverde.
Por fim, a empresa recomendou ainda a adoção de tecnologias diferenciadas como botão de pânico móvel e câmeras inteligentes, pois, com o shopping vazio, funcionando somente para receber frequentadores de cinemas e teatros, os riscos aumentam. Para a Gocil, é preciso ter um procedimento específico para limitar os acessos às demais áreas do shopping e também de proteção em estacionamentos e entorno.
Fonte: Infomoney – 05/09/2011