Como convencer o alto escalão da organização a investir em Segurança Eletrônica

Olá, amigos!
Hoje vou tratar de um assunto que todo gestor enfrenta: “como convencer o alto escalão da organização a investir em segurança eletrônica.”

A princípio pode parecer uma tarefa “simples”. Você apresenta alguns orçamentos, diz para sua Diretoria investir em uma determinada tecnologia em segurança que está em evidência (câmeras, alarmes, controle de acesso, etc) e, pronto!

Engano! Afirmo categoricamente que se a sua estratégia é essa, ela tende, com o tempo, a falhar. Sabe por quê?

O motivo é simples. Não houve, nessa estratégia, o planejamento adequado e tudo foi feito com base no imediatismo, na urgência, ou seja, de forma reativa e não preventiva.

Aqui no site, vocês encontrarão diversos artigos que irão explicar, de uma maneira simples e objetiva, como um gestor deve fazer seu planejamento. Portanto, não vou entrar no detalhe do detalhe, pois isso será “chover no molhado.”

O gestor precisa, primeiramente, identificar e mapear a causa dos problemas, seja ela derivada de sinistros de furto, roubo (interno/externo) ou por acidentes e incidentes. Após esse processo, deve-se levantar qual a sua incidência (diária, semanal, mensal, anual, etc).

Feito isso, é necessário tocar “na ferida” e saber quais são as vulnerabilidades ou deficiências que estão levando a organização a ter essas ocorrências. Vejam que até o momento, está sendo feita a chamada Análise de Risco. Hoje existem vários tipos e vertentes de análises e cabe ao gestor utilizar aquela que melhor se adapta a sua empresa.

Identificado o problema, a sua incidência e as suas vulnerabilidades, é necessário apresentar uma resposta a essas ameaças. Essa resposta pode levar aos seguintes procedimentos:

  • Reestruturação dos processos;
  • Treinamento de pessoal;
  • Investimento em Segurança Eletrônica.

Imaginemos que a empresa já reviu seus processos, investiu em capacitação de pessoal. Porém, agora é preciso investir em Segurança Eletrônica. Com a Análise de Risco elaborada, fica mais fácil para o gestor direcionar sua ação de investimento.

Sempre que for implantar um sistema de segurança, deve-se perguntar: “Qual sistema de Segurança Eletrônica é o melhor para minha empresa?”

Sabemos que hoje no mercado existem milhares de empresas e soluções em Segurança Eletrônica, desde as mais simples como, por exemplo, uma central de alarme não monitorada, até as mais profissionais com tecnologia de última geração, como câmeras Megapixels, softwares com análise de imagens, dentre outras.

Aqui vai uma Dica: Ao escolher uma ou mais empresas para lhe fornecer e instalar os equipamentos de segurança, investigue essa(s) empresa(s). Verifique o histórico dela(s) no mercado, os principais clientes, o tempo de existência, a abrangência de atendimento, tipo e qualidade dos seus equipamentos e, principalmente, o pós-venda.

Feita toda essa análise, o gestor opta por instalar um sistema de CFTV, com controle de acesso trabalhando em conjunto. Dentre as necessidades da sua organização, ele percebe que não é necessário adquirir um sistema de última tecnologia, pois avaliou que com duas ou três câmeras móveis (Speed Dome), algumas câmeras fixas e um sistema de gravação digital, as necessidades da empresa são atendidas plenamente.

Agora, sim, é iniciada a cotação dos equipamentos. Antes, porém, é preciso que o gestor tenha um escopo, ou seja, um padrão, definido do tipo de equipamento que deseja cotar, como uma câmera profissional de XXX linhas, modelo YYY, marca XTPTO; DVR, Speed Dome, etc. Assim, ao solicitar as cotações, ele poderá comparar todos os orçamentos de forma igualitária e obter o melhor custo x benefício.

Lembrem-se sempre que este padrão deve servir como base, uma vez que a tecnologia muda de tempos em tempos, evitando-se, assim, ficar engessado em um tipo de tecnologia ou equipamento.

Mesmo após a realização de todos os passos citados até aqui, há ainda um importante fator a ser considerado, tão importante quanto os demais, que irá nortear o gestor da melhor maneira de convencer o alto escalão da empresa a investir em sua proposta de segurança eletrônica.É a análise de retorno do investimento, conhecida como “Pay Back”, uma técnica simples que consiste em calcular em quanto tempo o investimento se pagará, ou seja, é feita uma projeção levando em conta algumas variáveis, que dependem do tipo de negócio da organização.

Digamos que o investimento no Sistema de Segurança Eletrônica escolhido pelo gestor seja de R$ 20.000,00, e que sua garantia de durabilidade seja de 3(três)anos. Levando-se em consideração o fluxo de caixa da empresa após a análise do Pay Back, conclui-se que o investimento se pagará no 8° mês.

Vejam: Investimento: R$ 20.000,00 / 8 meses = R$ 2.500,00/mês.

A organização despenderia dentro do seu fluxo de caixa de R$ 2.500,00 até o 8° mês para pagar o investimento, o qual, dentro da sua expectativa de durabilidade trará benefícios que ajudarão a diminuir as perdas e, consequentemente, manter o seu lucro.

Agora, sim, é o momento de apresentar o estudo para sua diretoria ou o alto escalão.

Perceberam a diferença entre apresentar um orçamento sem planejamento, e um outro com o estudo detalhado de todo investimento? Qual dos dois vocês acham que teria a maior chance de ser aprovado?

É isso aí, amigos! Sucesso a todos, e até o próximo artigo!

Autor: André Ochoa – Consultor e Profissional de Prevenção de Perdas e Segurança Patrimonial com vasta experiência no varejo e na prestação de serviços.

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