Analytics começa a se popularizar no Brasil

Em anúncio de resultados, além de bancos, telcos e governos, SAS destaca o interesse das companhias de médio porte pelos produtos da empresa
Em busca de mais competitividade, é cada vez mais comum ouvir empresas que investiram ou pretendem investir em soluções de BI, análise preditiva ou analytics, de maneira geral. O Gartner, por exemplo, prevê que tais softwares permanecerão entre as prioridades dos CIOs ao menos até 2017. Além disso, quando se olha o universo de grandes corporações, a aposta é ainda maior. A mesma consultoria acredita que até 2015, 25% dessas organizações terão um Chief Data Officer (CDO). Mas o interessante nesse movimento, é que esse tipo de solução começa a se popularizar em empresas de médio porte, onde, até um tempo atrás, não se via muitos projetos com analíticos, em primeiro lugar pela falta de maturidade das TIs e, em segundo lugar, pelos preços.
O próprio SAS Institute, conhecido por atender grandes corporações como Petrobrás, TIM, Vivo e Santander, começa a sentir um movimento no mercado brasileiro de companhias de médio porte investindo em analytics. Em encontro com jornalistas nesta quarta-feira (19/02), em São Paulo, o presidente da companhia para Brasil e Cone Sul, Márcio Dobal, ao falar sobre os resultados da companhia em 2013, destacou que, além da chegada de 14 novos clientes (entre eles Alelo, Amil e WalMart) para o portfólio deles e de projetos com o governo, como com o Ministério da Justiça, observou-se um número interessante de empresas consideradas de médio porte buscando por analytics.
E realmente é um comportamento interessante, sobretudo, quando se leva em consideração o fato de, na média, o Brasil não ter uma TI considerada tão madura. E investir em soluções analíticas significa ter feito toda a lição de casa – sistemas gestão rodando, dados estruturados, entre outros pontos. Obviamente, parte dessa busca está no fato também de os fabricantes terem desenhado pacotes que atendam à necessidade de análise desse tipo de empresa e com preços mais acessíveis que os softwares parrudos.
“Temos pacotes mais simples com software e serviço para as médias e isso tem dado certo resultado. Temos demandas de empresas que não têm equipe focada em analytics que buscam por esses pacotes”, comenta Dobal. “Claro que não é tão sofisticado como o que usam TIM e Petrobrás, mas elas conseguem ganhos relacionados, produzem análises de clientes, produtos e um pouco de perfilhamento”, detalha.
Fraudes
De forma geral, são companhias de médio porte com crescimento acima da média do mercado e que lidam com volume de dados alto, como instituições educacionais, financeiras e redes varejistas.
Mas além de uma certa popularização de soluções analíticas entre as médias, algo que contribuiu para o crescimento de 28% do SAS na região foi projetos com o sistema de prevenção a fraudes, customer intelligence, risco e data mangament. Em prevenção a fraudes, um contrato importante garantido pelo fabricante foi com o Banco Santander, o primeiro banco grande a aderir ao software na região. Com o investimento, a instituição quer reduzir perdas causadas por todo tipo de fraude, inclusive as eletrônicas.

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